Entendendo as normatizações de Sala cofre e Sala segura - Parte 1
Introdução
O
mercado Brasileiro de Datacenters vem contratando de forma
indiscriminada, soluções de datacenter formada por paredes corta fogo,
como principal agente de segurança de instalações de TI.
Nas
últimas décadas, ter uma célula com proteção corta fogo, tornou-se
quase mandatório em instalações de datacenter públicos e privados.
Esta
prática iniciou-se no país no inicio dos anos 90, e vem sendo
amplamente aplicada em ambientes de TI indoor e nos últimos anos, também
outdoor.
Como
a arquitetura de TI vem evoluindo no decorrer dos anos para instalações
mais compactas, porém de alta disponibilidade, as características
construtivas ganharam bastante importância.
Apesar
do valor que tem sido dado as características de proteção dos
invólucros das salas de TI, lembramos que a disponibilidade de um
datacenter está intrinsicamente ligada a arquitetura de alta
disponibilidade das utilidades do Datacenter, tais como, ar
condicionado, energia, cabling, incêndio, segurança e etc.
Existem
normas brasileiras e internacionais que regulam os processos de ensaio e
certificação de salas, paredes e portas corta fogo e neste artigo vamos
aborda-las e explica-las de forma simplificada afim de desmitificar
este mercado.
As
principais normas que regulam estas soluções são a NBR 15.247:2004
(Unidades de Armazenagem segura – Salas Cofre e cofres para Hardware –
Classificação e métodos de ensaio de resistência a fogo). Esta norma foi
baseada na EN 1047-2:1999. A
A
NBR 10636:1989 vem sendo utilizada para regular o mercado do que se
convencionou a chamar de sala segura. Esta norma NBR 10636:1989 (Paredes
divisórias sem função estrutural – Determinação da resistência ao
fogo).
A
NBR 10636, também se apoia nas normas NBR 5628 (Componentes
Construtivos Estruturais – Determinação da resistência ao fogo – Método
de Ensaio) e na NBR 6479 (Portas e vedações – Métodos de ensaio ao fogo -
Método de ensaio).
Assim temos os 2 principais produtos comerciais que vamos abordar neste texto, que são as salas cofre e salas seguras.
O
leitor irá perceber que em alguns momentos, estamos fazendo uma
transcrição das normas, mas isto se fez necessário para o completo
entendimento do processo de certificação e esclarecimento das
características funcionais dos produtos e soluções.
Devido
a quantidade de informação, este artigo será dividido em duas partes,
sendo publicado em 2 edições consecutivas da revista RTI.
Espera-se
que ao final da leitura deste artigo, o leitor tenha uma base de
informação suficiente para decidir qual a solução que mais cabe a suas
necessidades e consiga diferenciar as diversas soluções comerciais
disponíveis no mercado.
(link para leitura na publicação original :
http://www.arandanet.com.br/assets/revistas/rti/2019/fevereiro/index.php , página 60)
http://www.arandanet.com.br/assets/revistas/rti/2019/fevereiro/index.php , página 60)